sexta-feira, 30 de julho de 2010

Menino selvagem Victor de L`Aveyron


Ao vermos o filme, deparamos-nos com uma criança que mais parecia um animal selvagem, criado pela floresta.
A criança não possuia uma postura correta, nomeadamente, não andava com uma postura vertical, era quadrúpede, andava apoiado nos 4 membros.
Não expressava por palavras o que desejava, apenas entendia a linguagem animal e os comportamentos animais.
Não tinha coportamentos socialente aceites, como por exemplo, não usava roupa, não estava habituado a conviver com outros seres humanos.
A imagem de casa que possuía era de uma toca como os animais.
Subia com bastante facilidade ás arvores o que mostra que possuía habilidades adquiridas pela observação de outros animais por instinto e não pelos humanos. Tinha um olfacto bastante mais desenvolvido que o resto dos sentidos, seguido do paladar, audição, visão e por fim o tacto.
Quando foi levado para a sociadade deparou-se com um meio oposto ao que estava habituado, inicialmente as pessoas pensavam que ele era surdo e mudo.
Foi acolhido por um médico que se interessava pelo estudo do menino para ganhar fama.
Em casa do médico a criança era tratada por uma governanta.
A governanta tratou da higiene pessoal da criança, vestiu-o, calçou-o, dando-lhe uma imagem mais padronizada com a socidade.
Aprendeu a gesticular para exprimir as suas necessidades, para treinar, a memória, a fala, audição. O médico fazia jogos de lógica, associação de objectos a imagens e a palavras, quando na acertava era castigado, para poder distinguir o bem do mal. Porem o contrário também acontecia pois era recompensado quando realizava bem as suas tarefas.
Em suma, com o passar do tempo e com os exercicios, Victor conseguiu desenvolver algumas das suas capacidades porem nunca as atingiu na sua plenitude como uma criança da sua idade criada no meio social.
As capacidades que o Victor desenvolveu foram a linguagem, já sabia se exprimir, já tinha sentido de justiça. Possuía já um andar com uma postura vertical e já se orientava sozinho.

Módulo Relacionamento Empático e Afectivo

Grupo 4 ( Ana Luísa, Sandra, Cátia e Elisabete)

Férias de Verão


Caros formandos,

Desejo a todos umas férias excelentes, aproveitem para relaxarem e recuperarem energias, para em Setembro, continuarmos esta nossa viagem de "partilha de experiências, conhecimentos, vivências e emoções..."

Espero, sinceramente, que tenha sido do vosso agrado a formação que até aqui desenvolvi junto de vós, aproveitem este espaço para deixarem os vossos comentários ao que até agora foi feito e sugestões para o que ainda puderemos desenvolver todos juntos.

Boas Férias e até Setembro

:)

DRA LILIANA

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Menino selvagem de L`Aveyron


O menino apresenta uma postura primitiva curvada sobre as duas pernas e dois braços, com muita agilidade motora, cabelo e unhas grandes, desprovido de roupas pois não tem percepção do quente – frio no corpo, imitando os animais com os quais tem contacto. Apresenta também uma personalidade selvagem e um instinto animal para resolver as situações que lhe surgem como trepar às árvores, dormir nas tocas, procurar e descascar grãos e fruta e reagir agressiva e violentamente ao ataque para se defender e alimentar.
Manifesta ausência da linguagem verbal e humana, utilizando apenas grunhidos, gritos e guinchos para se expressar em reacção a outros sons familiares na natureza.
Depois de inserido num ambiente humano, mas desprovido de amor, ainda reage de forma selvagem continuando o comportamento que tinha na selva.
Mais tarde, inserido num ambiente familiar, onde recebe amor e atenção, desenvolve a noção de comportamentos sociais, estabelece limites, controla as suas frustrações e desenvolve, embora com muita persistência a linguagem e o raciocínio.
Embora tenha havido progressos no seu desenvolvimento, haverá sempre limitações, principalmente a nível da linguagem.
Ao longo da sua vida, nunca conseguirá, em comparação com uma criança criada num ambiente normal, atingir o êxito de ser um adulto cujos comportamentos permitam a total integração na sociedade.

Módulo Relacionamento empático e afectivo
Grupo 1 - SOFIA, MANUELA, ANABELA , ALBINA

Perturbações Afectivas na Infância - Depressão e Ansiedade



A depressão infantil desde sempre existiu mas apenas há duas décadas passou a ser diagnosticada como doença.
A influência dos estilos parentais sobre o bem-estar psicológico infantil dos filhos apontam um sinal de importância na saúde emocional e na interacção familiar, escolar e social saudável e positiva para o sucesso destes no decorrer das suas vidas.
A depressão dos pais é transmitida aos filhos de forma directa ou indirecta, sofrendo estas consequências que lhes irá inevitavelmente alterar o modo de viver.
A partir de uma depressão pós-parto da mãe, esta depressão impede a mãe de cuidar e estimular o seu filho correctamente, está indisponível para estabelecer uma relação vinculativa com o seu filho.
O seu estado impede-a de desempenhar correctamente as suas funções de mãe e assim, a criança não consegue estabelecer os seus pontos de referência e os seus ritmos são perturbados, podendo instalar-se a angústia depressiva. Nestes casos, o tratamento da depressão na criança deve ser acompanhado pelo tratamento da depressão da mãe de forma atempada, correcta e imediatamente ao seu surgimento.
Devido à pouca idade das crianças e à dificuldade que estas têm de se exprimir em relação aos seus sentimentos e sensações, torna-se difícil identificar a doença.
O maior sinal de que a criança está doente é a retracção, a apatia, a tristeza e a perda de interesse pelas actividades da respectiva idade.
Geralmente o problema da ansiedade e/ou depressão surge a partir de algum sentimento de perda real ou subjectivo à criança, podendo ser um brinquedo perdido ou partido, um animal de estimação, maus tratos infantis, rivalidades entre irmãos, a ausência de uma pessoa querida ou até mesmo a sua própria auto-estima, ou a ansiedade do que pode ainda acontecer como uma separação, a ida ao dentista, aos hospitais, de agulhas, com origem em experiências passadas ou medo, receio do que possa acontecer de mal, (“Eu vou estragar tudo”, “Vou me ferir novamente”, “Vou magoar-me”.
As crianças distorcem os processos do pensamento podendo exagerar uma possível ameaça, entrando em pânico pelo medo de errar, causando problemas de relacionamentos.
A melancolia também atinge os mais pequeninos.
Esta doença influencia inevitavelmente a personalidade e o viver das crianças pois atinge-as e agride-as de forma psicológica e física, prejudicando à criança a qualidade de vida criando um síndrome de pânico e medo que leva ao sofrimento de depressão sentindo-se mal consigo mesmo. O temperamento, contexto e experiências passadas podem determinar o tipo de depressão e ansiedade adquirida.
A criança deprimida e/ou ansiosa deixa de acreditar em si mesma e nas suas capacidades físicas e psicólogas ficando com baixa auto-estima e vivendo constantemente com a sensação de fracasso, sempre em fuga, inferioridade e angustia sentindo-se à vontade apenas quando está sozinha e isolada vivendo o seu mundo imaginário ilusoriamente, pensando que este a protege e a defende não se apercebendo de que ela própria provoca ainda mais o seu sofrimento.
Dos 3 a 6 anos, podemos salientar sinais físicos chave que nos puderam servir de alerta para o despertar da doença, tal como uma tristeza que não passa, agitação e inibição, a vontade constante de urinar, transpiração repentina perante as situações embaraçosas, dor abdominal difusa (sem local exacto), voz trémula, postura rígida, o roer as unhas, chupar o dedo, as birras e choros, gritos sem razão aparente, fazer cocó e chichi nas calças ou na cama mesmo após ter aprendido a fazer na sanita, alterações de sono e de apetite, as dores de cabeça, de barriga ou o medo constante de sair de perto dos pais.
Dos 7 a 9 anos, salientamos facilmente a irritabilidade, insegurança, inibição, comportamento rebelde, revoltas sem motivos aparentes, recusa de ir à escola e a consequente inibição e desinteresse na aprendizagem, comportamentos de instabilidade passando de tarefa em tarefa sem conseguir manter a atenção e o terror nocturno com medo de dormir sozinho. Têm pensamentos de perigo, de medo de se assustarem, de se ferirem, pensamentos de auto-critica.
Dos 9 aos 14 anos, realçamos os sentimentos de inferioridade, os impulsos suicidas, tornam-se agressivos e provocadores à primeira sensação de mal-estar, pensamentos com tristeza e Cefaleia (dores de cabeça). As rejeições pelos amigos, os fracassos das primeiras relações amorosas, a exigência extrema de boas notas na escola e os problemas económicos e pessoais entre os próprios pais também influenciam estas crianças.
Os efeitos podem estender-se à sua vida futura caso não sejam diagnosticados e tratados devidamente. O tratamento é a melhor solução mas prevenir previamente com muito carinho e atenção é uma estratégia a ter em conta enquanto pais e educadores.

Módulo Relacionamento empatico e afectivo
Grupo 1 - SOFIA, MANUELA, ANABELA,ALBINA


terça-feira, 20 de julho de 2010

Perturbações alimentares na infância e adolescência


Introdução

As perturbações alimentares da primeira infância vão desde oscilações do apetite, relacionadas com alterações do quotidiano como a entrada na creche, nascimento de irmão, entre outros, levando por vezes à recusa total da ingestão de alimentos.

Na comunicação social, o que mais se vê são corpos “magrérrimos”, vendendo a imagem de beleza e felicidade, diante disto, muitos adolescentes querem ser iguais. Mas há um perigo por trás da indústria da magreza: ela pode desencadear certos distúrbios alimentares levando a alterações na maneira como se alimentam por estarem o tempo todo preocupados com a sua forma corporal e com o seu peso. E as privações alimentares, durante muito tempo, podem desencadear consequências graves e permanentes para o organismo, como diabetes, problemas circulatórios, cardíacos e ósseos. Dos distúrbios alimentares mais conhecidos destacamos alguns.

Na infância, a recusa do peito ou do biberão, a dificuldade em aceitar novos alimentos e o desinteresse pela comida, são alguns exemplos destes problemas que frequentemente preocupam os pais mas são geralmente transitórios e não têm consequências graves.

Na adolescência, a anorexia nervosa inicia-se com a redução da quantidade de alimentos até à sua recusa total com receio de engordar, perdendo por vezes muito peso e, apesar de já estar muito magro, o adolescente continua a sentir-se gordo. Na sua maioria são perfeccionistas, excelentes alunos e praticam muito exercício físico. Se a família não intervir a tempo, o anoréxico pode colocar em risco a sua própria vida, seja pela debilidade provocada ao organismo, seja por meio do suicídio. Na bulimia nervosa o adolescente tem momentos em que come grandes quantidades de alimentos descontroladamente, depois destas crises há geralmente comportamentos de compensação para evitar o aumento de peso, tais como: vómitos, uso de laxantes ou diuréticos e períodos de jejum, etc.

Como nos adultos, a obesidade infantil e juvenil é consequência de um desequilíbrio entre as calorias consumidas e as gastas. Este desequilíbrio deve-se a um conjunto de factores sociais que influenciam a forma como as crianças se alimentam, praticam exercício físico ou brincam.

Tal como em relação às doenças do comportamento alimentar, os novos ideais de beleza e a consequente pressão social que existe em torno do indivíduo obeso levam à criação de muitos preconceitos sobre esta realidade, particularmente sobre o que engorda e não engorda, tanto do ponto de vista da dieta (alimentos ingeridos pelo indivíduo) como de outros hábitos que fazem parte da rotina diária de cada um.

Conclusão

As preocupações com a comida, o peso e as formas corporais são muito frequentes, tornando-se por vezes obsessivas e totalmente irrealistas levando muitos às perturbações alimentares.

Na realidade, é necessário perceber qual o melhor comportamento a adoptar face a diferentes situações, visto que as doenças referidas anteriormente afectam gravemente a família e, de um modo geral, todos os que têm algum tipo de relacionamento pessoal ou profissional com as vítimas.

O tratamento dos transtornos alimentares e a obesidade tem como componentes comuns a psicoterapia e a reeducação alimentar, tendo sempre de estar ambas em cooperação.

Maior é a probabilidade de sucesso na resolução do caso e menores serão as sequelas deixadas pelo mesmo, quanto mais precoce for o início do acompanhamento.

Não feche os olhos a esta realidade!

Módulo Relacionamento Empático e Afectivo

Grupo II – Carla, Filomena, Manuela, Sandra

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Bullying


Bullying caracteriza-se por comportamentos agressivos, que podem ser praticados por um único indivíduo, o agressor, ou por um grupo de agressores, e tem como principal objectivo praticar uma “ acção negativa” a um indivíduo (vitima), ou a um grupo.

O agressor, geralmente, é uma criança/jovem com problemas emocionais, impulsiva, que não tolera a frustração e apresenta comportamentos dominadores face a terceiros, às vítimas. Na sua grande maioria, os agressores não toleram regras de conduta e respondem com violência a qualquer acção em que intervenham.

Os agressores, na sua generalidade, transmitem uma imagem fora de casa que na realidade não corresponde à sua vivência familiar. Na grande maioria dos casos são inseguros e vítimas de violência no seio parental e familiar. Têm uma elevada noção de agressão, e a noção de que os seus actos humilham os outros, todavia estes comportamentos fazem - nos sentir os melhores do mundo. Poderemos dizer que os agressores, por vezes sofrem de um défice de auto-estima.

O bullying não envolve necessariamente criminalidade ou violência. Por exemplo, o bullying frequentemente funciona através de abuso psicológico ou verbal.

As vítimas na maioria das vezes são crianças e jovens sensíveis, geralmente com grande sucesso escolar, inteligentes e com boas relações familiares.

Na grande maioria dos casos quando são vítimas de bullying não compreendem porque o são, são humilhadas constantemente e têm dificuldade em lidar com isso.

Por não compreenderem porque estão a ser humilhadas, não sabem o que devem fazer, uma vez que não vivenciam este tipo de situações diariamente, tornam-se assim “presas fáceis” para os agressores. Estes insultos são tidos como verdadeiros para as vítimas uma vez que têm uma baixa auto-estima.

O bullying provoca, vários efeitos psicológicos e sociais negativos, assim como emoções negativas nas vítimas, nomeadamente:

Emoções Negativas

· Medo;

· Raiva, ou Frustração;

· Humilhação;

· Rejeição;

· Isolamento;

· Ansiedade;

Comportamentos a curto - prazo nas vítimas:

· Falhas nos trabalhos escolares;

· Baixa atenção nas aulas;

· Discussões ou Lutas;

· Mudança de Amigos;

· Perda frequente de dinheiro e material;

Comportamentos a longo – prazo nas vítimas:

· Depressão;

· Diminuição total do interesse na escola;

· Problemas disciplinares;

· Violência contra os outros;

· Fugas;

· Tentativas de Suicídio;

Comportamentos sociais nas vítimas:

· Isolamento;

· Dificuldade em arranjar amizades;

· Distanciamento dos adultos;

· Timidez.

Módulo Relacionamento Empático e Afectivo

Grupo 4 ( Ana Luísa, Sandra, Cátia e Elisabete)

Violência Doméstica e as repercussões psicossociais na vida da criança até à idade adulta


A violência doméstica é um problema que atinge ambos os sexos e abrange todas as classes sociais, esta situação é vivida de forma silenciosa e dissimulada.

A violência doméstica exercida sobre uma criança, poderá vir a repercutir-se na sua vida futura, deste modo em adulto, esta criança apresentará provavelmente, ao nível do comportamento social, como por ex, dificuldade de relacionamento em grupo, depressão, isolamento, delinquência, etc.

A nível das relações afectivas, apresenta dificuldade na expressão de sentimentos e por vezes alguma agressividade e ansiedade.

Futuramente será um indivíduo propenso a fortes índices de stress, sujeito a intensificar e constante preocupação com o possível perigo.

São pessoas fechadas no seu próprio mundo de desconfiança, medo e angústia.

Maior complexidade julgamento do bem e do mal, maior identificação com pares do mesmo sexo (violência doméstica homem = agressor, mulher = vítima).

Insucesso escolar, alcoolismo e toxicodependência são fortes agravantes da violência doméstica.

Manipulação dos outros membros da família, através da chamada de atenção com base em sintomas psicossomáticos, problemas de sono e alimentação, confusão mental, baixa auto estima entre outros sintomas.

A violência sexual é uma das vertentes da violência doméstica que engloba actos sexuais não consentidos (violação), resultando por vezes uma gravidez indesejada, o que conduz a uma alteração geral ou parcial do seu projecto de vida.

A ultrapassagem dos efeitos psicológicos, posteriores a uma situação de vitimação pode revelar-se extremamente difíceis, algumas pessoas chegam a recear perder o equilíbrio psíquico.

As consequências deste estado são ambivalência relacionada com as suas emoções:

Solidão, culpa, raiva, desconfiança, tristeza, falta de motivação, perda de memória, redução da atenção/concentração, medos e fobias e inibição do auto confiança.

Poderão ser também observadas algumas consequências físicas, perda de energia, diminuição de resistência entre outras.

As crianças que evidenciam a violência doméstica durante o período de crescimento, desenvolvem de um modo geral sentimentos de agressividade, que futuramente se tornarão potenciais agressores.

Módulo Relacionamento Empático e Afectivo

Grupo 3 (Marília, Fátima, MªJosé, Anabela)