quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Lache de Natal








Caros formandos,
aqui estão as fotos do nosso lanche de Natal.
Muito obrigado pelo presente, ADOREI :)

DESEJO A TODOS UM FEL5Z NATAL, CHEIO DE ALEGRIA E COISAS BOAS.

Formador Liliana

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A auto-estima na Criança


A auto-estima é algo que se vai formando desde pequenos. Não será errado dizer que a auto-estima começa a construir-se ainda durante a gestação. A felicidade com que a gravidez é vivida, será um passo importante para que o bebé se sinta amado e desejado pela mãe, logo a partir dos primeiros momentos de vida. Será isso que irá criar os alicerces daquilo que será o nosso auto conceito, ou seja, a opinião que temos acerca de nós próprios. Este julgamento, está depois associado à construção da auto-estima o que, no fundo não é mais do que gostarmos daquilo que somos ou, pelo contrário, estarmos completamente insatisfeitos. Auto-estima acaba por ser a nossa opinião e o sentimento que cada um tem por si mesmo. É ter consciência do seu valor pessoal, acreditar, respeitar, e confiar em si mesmo.


Os primeiros anos são decisivos para a formação da identidade e da auto-estima na criança. O carinho com que se apreciam as primeiras gracinhas, transmite uma apreciação positiva que o bebé vai reter. As pessoas importantes para o bebé, como o pai e a mãe, são as principais responsáveis pela construção da imagem que temos de nós próprios. As primeiras mensagens que recebemos quando crianças, são fundamentais para a construção da auto-estima. Uma identidade positiva será a matéria-prima com que enfrentarão os problemas da vida. Uma criança com uma boa imagem de si mesma, será activa, curiosa e capaz, porque estará preparada para vencer dificuldades e superar frustrações. Uma criança com boa auto-estima, não fica abalada com comentários negativos e, quando não sabe, pede ajuda. Uma criança com baixa auto-estima sente-se fragilizada e incapaz.



Steve Biddulph, um psicólogo americano, fala em sementes lançadas à mente. Na opinião dele, se crescermos a ouvir ideias negativas sobre nós mesmos, acabamos por ser programados por elas e assim caímos nas profecias auto-realizáveis, ideias que de tanto ouvirmos acabaram por se tornar verdadeiras. Todos nós já ouvimos alguém a dizer: "tu nunca serás ninguém na vida". Se para alguns esta ideia serve de impulso para tentarem vencer na vida vezes sem conta, para a grande maioria das pessoas o que acontece é que a auto-estima fica tão fragilizada que acabam por desistir e assim a profecia torna-se realidade.



Para evitar uma baixa auto-estima, a criança deve ser estimulada pelos pais a sentir-se bem consigo própria e a valorizar-se como pessoa. Ser encorajada a expressar o que gosta e o que não gosta.

Os pais devem ensinar a criança a respeitar as opiniões alheias e a fazer respeitar as opiniões dela mesma. Devem ensiná-la a dizer "não" a coisas e situações que forem contra os próprios valores e crenças.

É na família que se constrói toda a estrutura emocional. Cabe aos pais refrearem um pouco as expectativas e não esperar que os filhos sejam perfeitos em todas as áreas. Aceitar as falhas tanto a nível da escola como da vida familiar é meio caminho andado para criar boa auto-estima e ajudar a recuperar a confiança perdida. Muitos pais tem a mania de fazer comparações entre os filhos. Nada mais errado. As comparações, sobretudo quando se tratam de características como a beleza e capacidades cognitivas, apenas fragilizam e nada contribuem para um crescimento emocional equilibrado. A criança até pode ter pouca beleza, pode ter notas menos boas, mas haverá sempre algo a valorizar, alguma qualidade para realçar. Algumas pessoas têm queda para actividades físicas, outras para actividades intelectuais, e outros há que nas artes conseguem sobressair. O ideal é procurar e encontrar os focos em que cada criança pode ser bem sucedida e explorá-los por forma a fortalecer-lhe a auto-estima.




O momento em que entram para a escola constituí uma fase crítica para qualquer criança. Até então, a criança esteve a cargo dos avós que a mimaram, ou então andou na pré-primária, onde podia brincar todo o dia. De um momento para o outro, as coisas vão mudar. Na escola as coisas nem sempre são fáceis. Castigos, chamadas de atenção em público por parte dos professores, são atitudes muito comuns. Por outro lado, os colegas também não facilitam as coisas e as crianças com frequência são postas de lado por causa de serem tímidas ou mais desajeitadas nas tarefas. Este problema torna-se mais evidente quando existem trabalhos de grupo ou jogos de equipa. Existe sempre alguma criança que fica até ao fim sem ser escolhida, o que lhe causa muita tristeza. Ao longo da vida muitos "patinhos feios" tornam-se "cisnes", mas isto é uma excepção à regra.

No dia-a-dia as crianças assim como os adultos sentem stress, angústias, dúvidas, frustrações, alegrias e tristezas. Quando estão felizes expressam ou falam sobre os seus problemas com os pais ou adultos da sua confiança, pois sabem que serão escutadas sem haver reprovações e sem ignorarem os seus sentimentos.

É necessário que os pais ensinem as crianças a expressar o que sentem, através da identificação das suas emoções mas também aprendendo a conhecê-las.

Muitas vezes as crianças não sabem identificar as suas emoções, como por exemplo a tristeza, a frustração ou o desânimo. Essas emoções costumam misturar-se e torna-se difícil separá-las. Quando vemos uma criança calada, pensativa, triste, de mau-humor e pergunta-se a ela o que aconteceu, na maioria das vezes a resposta é "nada". É fundamental descortinar o que está por detrás daquele "nada". As crianças podem estar amedrontadas, com raiva, tristeza ou dor. Insistir nas perguntas não costuma dar resultado. Se no entanto nos mostrarmos receptivos, dando carinho e apoio, então aí as crianças terão oportunidade de exprimir o que sentem. É preciso escutar o que disserem, sem fazer juízos de valor, nem reprovações e não minimizar a importância dos problemas delas. Por vezes aquilo que para nós adultos pode ser algo fácil e de pouca importância, para as crianças pode ser algo que causa enorme preocupação.

Os pais que ensinem os seus filhos a expressarem-se com espontaneadade, fazem com que estes se tornem pessoas sensíveis, respeitosas, firmes nas suas crenças e capazes de tomar as suas próprias decisões.




Eis algumas formas de fortalecer a auto-estima das crianças (e dos graúdos também!):



* Aceitá-las como são: muitos pais tem a mania de comparar os seus filhos com os filhos dos amigos ou de outros familiares. Com isso a criança sente-se inferiorizada e desvalorizada. O ideal é valorizar os aspectos postivos. Ninguém é perfeito.



* Elogie: elogiar é excelente para o fortalecimento da auto-estima.Devemos celebrar os seus sucessos e conquistas e não criticar os seus comportamentos menos bons.



* Demonstrar os afectos: dar carinho ou um gesto de aprovação fazem milagres. As crianças necessitam destes bocadinhos de ternura, por isso é muito importante que os manifeste.



* Ensine-os a aceitar os fracassos: o insucesso faz parte da vida e deve ser encarado como algo natural. Aceitar as falhas demonstra capacidade de pensar sobre elas e procurar fazer mais e melhor.



* Compartilhar momentos de prazer: é muito importante que pais e filhos passem juntos momentos de agradável lazer e convívio. Se a relação entre pais e filhos se basear em ordens, regras e obrigações, as coisas vão correr bastante mal e as crianças serão bastante oprimidas. Pelo contrário, passear num parque, praticar desporto, preparar um bolo juntos, são tudo actividades que permitem interação e diálogo entre pais e filhos.


Modulo Relacionamento empatico e afectivo



Grupo 4 - Emilia, Lina, Sandra, Helena, Joao, Andreia

domingo, 19 de dezembro de 2010

VIOLÊNCIA NO NAMORO

“Violência no namoro? Mas isso existe?”




-Existe, é uma realidade, actualmente em propagação e divulgação.

 De acordo com o Jornal de notícias do dia 15 de Dezembro de 2010 houve um aumento de queixas de violência no namoro, revelando que os jovens (maioritariamente) já não se limitam a contar a familiares os problemas que surgem na tentativa de os solucionar mas sim reportam-nos a entidades profissionais para os eliminar quando se apercebem da dimensão do problema.

  Já não se inibem de expor publicamente situações de conflito, que há uns anos teriam vergonha de falar quanto mais apresentar queixa.


Quais os motivos que dão origem à violência no namoro?
 De acordo com o Grande Livro do Adolescente, na página 317

A identidade sexual do rapaz/homem organiza-se à volta do      ter.

A identidade sexual da rapariga/mulher organiza se à volta do ser e parecer.

   Destes 2 princípios surgem diferentes tipos de sentimentos, atitudes, desejos e por vezes conflitos internos.
  Pois são dois tipos de ponto de vista diferentes num turbilhão de emoções, na idade em que as hormonas fazem um click e simplesmente explodem em todos os sentidos e em ambas as direcções, no rapaz e na rapariga, que simplesmente só têm olhos para o seu amor e por vezes não percebem o que sentem nem tão pouco como o demonstrar.

(Tentámos que alguns adolescentes nos adjectivassem o seu 1º amor, em vão! É demasiado “complicado e intimo” para o fazerem).





                           

 Quais os motivos que levam os adolescentes, maioritariamente os rapazes, a ter um comportamento mais:


1.     Ciumento
2.     Dominador
3.     Controlador                     
4.     Possessivo
5.     Violento
6.     Intransigente
7.     Impulsivo
8.     Inseguro
9.     Variações repentinas de humor
10.                       Instável





 Devido ao facto de quererem TER um/a namorada/o sentem se inseguros/as quanto à relação e a forma correcta de a/o “controlarem”, pois encontram se na fase de se conhecerem a si mesmos/as e quando querem demonstrar carinho e afecto a forma de o fazerem é por vezes “estranha” a quem quer SER interessante e PARECER bonita e perfeita.



 São sem margem de dúvida comportamentos normais, típicos idade,
mas DEVEM SER AVALIADOS PARA NÃO EVOLUIREM PARA SITUAÇÕES PREOCUPANTES, A LONGO PRAZO.


 É difícil de admitirem a amigas/os que o namoro não está a ser a realização dos seus sonhos o que torna quase impossível dar um conselho útil capaz de equilibrar o turbilhão de emoções que sentem.





 A impulsividade faz parte do nosso temperamento e expressa-se por reagir antes de pensar uma vez quanto mais parar para pensar duas vezes! As hormonas não o permitem!
A impulsividade está directamente relacionada com a dificuldade de reagir à frustração.



Esta atitude, de impulsividade, gera conflitos directos entre os namorados, que se sentem agredidos pelo outro mesmo não sendo essa a intenção do seu amado, levando a uma reacção imediata, com acessos de cólera, por coisas de nada e independentemente de quem poderá ter ou não razão.
·        Por vezes atiram com objectos, batem com as portas e “explodem” por pensarem que a/o namorada/o os quer contrariar.
·        Sentem se vitimados/as com sensação de perseguição e de omnipotência.
Chegando e ultrapassando o limite da agressão física (directa) à/ao namorada/o.

A agressão psicológica é muito mais complexa, pois é gentil, gradual, e passa pela MANIPULAÇÃO DE:
    
1.     Factos
2.     Sentimentos                                         
3.     Amizades
4.     Motivos
5.     Situações
6.     Diálogos




 Ao manipularem a/o namorada/o conseguem simplesmente condicionar o ponto de vista saudável do amado em prol dele/a mesmo para que seja sempre visto como o/a protector e o/a amado/a incondicional que apenas quer e deseja o bem estar do ser amado quando na realidade quer ocultar, minimizar a sua própria insegurança.

 Geram desta forma isolamento familiar, social e por vezes a ponto de se perder a vontade de ir à escola, não tendo paciência para aturar os professores nem querer conversar com as/os amigas/os que tão bem os conhecem e que irão certamente estranhar o seu novo comportamento.
·        E claro descem as notas…

CONCLUSÃO
em construção....

Módulo Relacionamento Empático e Afectivo
Grupo 3 - Ana, Fernanda, Maria, Paula, Mónica

sábado, 18 de dezembro de 2010

MAUS TRATOS INFANTIS




 SABES O QUE SÃO OS MAUS TRATOS INFANTIS?

Os  MAUS TRATOS INFANTIS manifestam-se por NEGLIGÊNCIA ,  ABANDONO, ABUSOS FÍSICOS E/OU SEXUAIS.


 SOFRES DE NEGLIGÊNCIA QUANDO OS PAIS NÃO TE DÃO…….

Ø  Alimentação adequada
Ø  Cuidados básicos de higiene
Ø  Segurança
Ø  Educação
Ø  Afecto
Ø  Estimulação e apoio


JÁ OUVISTE FALAR DE ABANDONO ?

Acontece quando os pais não conseguem assumir o seu papel de pais, por diversas razões…
>   Pobreza Extrema
>   Alcoolismo
>   Drogas
>   Prostituição……


E OS MAUS TRATOS PSICOLÓGICOS ?

Acontece quando te sentes…
>   Rejeitado (sentes que não pertences à família, que não gostam de ti…)
>   Isolado (não te deixam brincar com os amigos...)
>   Aterrorizado (ameaçam bater-te, castigar-te, abandonar-te e,  por vezes, matar-te…)
>   Ignorado (não te dão atenção, não se importam com o que se passa contigo, não querem saber de ti…)


SABES QUE OS MAUS TRATOS FÍSICOS  PODEM CAUSAR….

Ø  Lesões físicas (fracturas, queimaduras, nódoas negras…)
Ø  Doença
Ø  Sufocação
Ø  Intoxicação


E OS MAUS TRATOS SEXUAIS ?

Acontece quando te obrigam a…
> Ouvir, presenciar actividades de cariz sexual  (filmes pornográficos, fotografias…)
> Praticar actos sexuais

 CONSEQUÊNCIAS DOS MAUS TRATOS INFANTIS:

Ø  Físicas
Ø  Afectivas
Ø  Sociais
Ø  Cognitivas
Ø  Comportamentais






Módulo Relacionamento Empatico e Afectivo
Grupo 1 - Bina, Xana, Ana Paula, Lenita, Liliana e Fátima

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

PRIMEIRO AMOR

COMPONENTE TEÓRICA


O amor é uma coisa que traz sempre duvidas e ansiedade.

A paixão tem sido descrita como um estado iminentemente patológico, obsessivo, fora do mundo, solitário e íntimo, não compreendido por quem não a viva.

Um adolescente apaixonado diz “ amo-te” sem pensar que alguém considere esta declaração como uma “pirosice”. As palavras e os actos de dois apaixonados, não podem ser medidas, pois só tem sentido para outro, e o significado das palavras perdesse na plenitude da paixão. Com certeza todos nós passamos por uma fase idêntica e a única coisa que podemos fazer é sermos compreensivos. Cada amor tem a sua época, uns diferentes dos outros - uns com mais ‘luz das velas’ outros menos; uns com cartas de amor outros com mensagens de telemóveis - mas todos eles se focam no mesmo princípio: agradar e conquistar a pessoa amada.

Contudo, a paixão consome energia, tempo, querer, ser. Consome os jovens em voragem – a voragem da liberdade. Alias, qualquer paixão, qualquer amor, pressupõe entrega. Física e intelectual.

Um adolescente nesta fase da vida, anda mais aluado, um tanto mais dedicado ao assunto ‘Amor’ o que pode ser divertido de se visualizar e de se recordar. Os primeiros passos que se dá são sempre os mais difíceis e os mais receosos que um adolescente passa. Galantear e exercer a arte da sedução. Antigamente os namoricos se davam na altura das festas santas, pois era o lugar onde tinha muita gente e se podia fugir dos pais. Hoje é na escola. Na mesma turma ou em turmas diferentes, mas lá se encontram casaizinhos de mãos dadas pelo recinto da escola ou então o rapaz a levar os livros ou a pasta da amada. A leva-la até á porta da sala, arriscando-se a chegar tarde á própria aula. A ‘matar’ aula ou a levá-la até a sua casa…todos os momentos livres que podem ter eles aproveitam.

Porque andarem de volta do telemóvel constantemente? Até na mesa o telemóvel tem de estar presente? Pois bem, a resposta é simples. Antigamente as cartas demoravam tempo a chegar (senão iria acontecer a mesma coisa) e pagava-se o envio, muitas das vezes arriscava-se a que estas caísse em mãos erradas. Hoje com a facilidade das novas tecnologias enviar as ‘cartas’ é mais fácil e económico. Para os adolescentes o tempo que passam na escola a namorar é pouco, então fazem do telemóvel a ponte de ligação para com a pessoa amada. Para eles toda a conversa que tem juntos é importante, mesmo que a conversa seja sobre “ o que estas a fazer?”. Aqui notasse que se esquecem do que é necessário preservar: o “eu”, eles próprios, a estrutura básica que permite gozar esse amor que transcende as próprias capacidades.

Este esquecimento pode ser considerado como um desinvestimento nas outras áreas da sua vida, bem como da incompreensão por parte dos pais e educadores, que estão bastante mais preocupados com o sucesso escolar, o futuro profissional ou, até, com os programas familiares de fim de semana. Esta preocupação é natural. No primeiro amor dos filhos, são eles que fazem as regras, pois um adolescente não consegue estabelecer regras para com o seu amado, nem para ele mesmo. Daí os pais serem os ‘velhos’, os ‘chatos’ que não percebem nada, que não sabem o que eles estão a sentir…pois é, os adolescentes não conseguem entender que muitas das vezes os pais ao serem ‘chatos’ é porque sabem o que eles estão a passar e como sabem como poderá acabar eles andam sempre em cima deles. Aqui a única coisa que os pais devem ter é paciência e podem aproveitar para se recordarem de como foi o primeiro amor deles. É tão bom recordar as nossas paixões.

Durante o namoro os adolescentes passam pela fase de conhecerem os pontos fracos e fortes da pessoa amada, onde tudo é um ‘mar de rosas’, onde o mundo gira á volta do outro, olhos a brilharem quando se encontram, o calor quentinho a crescer dentro do coração que se espalha por todo o corpo (sendo visível nas maças do rosto), a troca de palavras que o outro gosta de ouvir…momento lindo e cheio de luz que todos nós passamos.

Mas é durante esta fase de conhecimento que as coisas ou se complicam ou então continuam, durando meses ou anos e em alguns dos casos acaba mesmo em casamento. Os primeiros desgostos de amor, normalmente ocorrem devido a coisas - muitas vezes - supérfluas, como ‘mexericos’, ciúmes, desilusão, onde o adolescente se encontra perdido, sem rumo na vida, “com o coração partido”, pois o ‘porto seguro’ que eles tinham até ali já não se encontra mais. Daí a importância de se focarem no ‘eu’. É fundamental para o adolescente nunca se esquecer dele, pois num caso destes a força do ser será a fortaleza. Mas fortalezas maiores e fortes, serão os pais que estão sempre lá, mostrando compaixão e entendimento.

Há adolescente que conseguem ultrapassar isto com alguma facilidade, mas á outros que acabam por cair de tal forma em desgraça que até parece que o mundo acabou ali, que não vale mais a pena viver…por vezes estes desgostos podem levar a doenças tal como a bulimia, anorexia ou pior, onde é necessário a intervenção de psicólogos.

Felizmente amar não mata, pelo contrário, é das melhores coisas do mundo.

Sintomas visíveis do 1º amor:
Pode descobrir estes sintomas numa pessoa apaixonada:
- Divagar, sonhar, ansiar;
- Sempre agarrados ao telemóvel;
- Ouvem musicas diferentes do que o costume;
- Isolam-se mais para poder sonhar;
- Afastam-se mais do grupo de amigos para estarem com a pessoa amada;
- Tentam arranjar encontros ocasionais inventando mil e uma desculpas;
- Para os pais não se aperceberem, cumprem os horários estipulados numa primeira fase, posteriormente se esquecem das horas;
- Mudança de comportamento;
- Preocupam-se muito mais com a aparência física;
- Pedem opiniões sobre o guarda-roupa e penteado;
 - Inventam desculpas para faltar as aulas, para namorarem;
- Baixam o rendimento escolar;
- As raparigas iniciam a depilação – principalmente nas pernas – enquanto os rapazes tendem a mostra-las;


CASO PRÁTICO - O DIARIO DE ANA (este diário contém casos verídicos)


15-10-2008

Querido diário, não sei por onde começar, mas eu estou cheia de dúvidas.

Conheci um rapaz lá na escola que é LINDOOO. Sempre que passo por ele meu coração palpita como um louco, parece que vai sair do meu peito e eu sinto coisas esquisitas no meu estômago. Me sinto quente e envergonhada.

Ele se chama Ruben e é da turma B. Ele joga futebol lá na escola e tem montes de raparigas que gostam dele, mas eu não sei porque, mas ele quando passa por mim ele me olha e sorri…com aquele sorriso branco e brilhante. Ahh eu me sinto nas nuvens, diário…mas eu não sei o que ele vê em mim. Tipo eu sou uma pessoa tão normal…tão desajeitada…como alguém como ele pode reparar em mim?

08-11-2008

Querido diário, na disciplina de Área de Projecto, a minha turma teve que ir entregar um questionário ás outras turmas. Era um questionário sobre a Sexualidade Segura. Bem ao grupo onde eu estava calhou ir á turma B. A turma onde o Ruben está! O MEU DEUS...quando entramos dentro da sala, aquelas coisas que eu sentia quando passava por ele fluíram novamente. Mas desta vez eu não o olhei, preferi olhar para os meus sapatos. Não queria enfrentar aqueles olhares da turma, principalmente os olhos dele. Ainda bem que não fui eu quem distribuiu as folhas, pois eu acho que não era capaz de andar. Nem de pensar eu era capaz…a visualização dos meus sapatos, naquela altura era a melhor coisa.

Quando todos eles acabaram, recolheram as fichas e fomos embora. Diário não sei como, mas no preciso momento que sai da sala dele…eu pode finalmente respirar.

Para a semana a escola acaba. E parece que vou ter notas boas, menos a Matemática, a stora é uma ranhosa que rrrr….

10-02-2009

Querido diário, o 9ºD está a vender uns cartões para o dia dos namorados, em que tu vais lá escreves um postal e eles no dia 14 vão ás salas das respectivas pessoas do cartão. A ideia até é bem fixe, a Rita já foi lá escrever um cartão para o Júlio…coitado ela anda sempre atrás dele e ele foge…bem vamos ver se o cartão vai resultar neles dois.

A escola parece estar eufórica com isso, até eu ando, mas eu não me atrevo a ir lá, á frente daquelas miúdas do 9º ano e escrever um cartão para dar a alguém…alias se eu escrevesse um cartão seria para o Ruben…mas eu tenho vergonha, ele é simpático e pode muito bem nem se lembrar que eu existo…melhor deixar as coisas assim.



14-02-2009

Sabes que dia é hoje certo? Exacto dia dos namorados. E lembraste daquilo que eu te disse da última vez? Da turma do 9ºD estar a vender cartões para depois distribuir neste dia? Pois bem foi isso mesmo que aconteceu. Quando a turma entrou na nossa sala, bem era só gritinhos e mexericos, risos e gozos…

Devias ter visto a cara do Júlio quando recebeu o cartão da Rita, ficou vermelho que nem tomate. Os meus colegas só se riram… a Rita essa não recebeu carta alguma, mas a Diana teve uns 5 cartões…também pudera ela é bonita, veste-se bem e é rica. Eu não gosto nada dela, acho-a uma falsa. A Rita também não gosta dela, chama-a de ‘loira deslavada’ uma vez que ela tem madeixas loiras.

Mas queres saber da melhor parte do dia? Eu também recebi um cartão. A serio!!! Eu nem queria acreditar quando uma das raparigas da turma D disse o meu nome…eu queria-me enfiar num buraco de tanta vergonha que senti, mas lá recebi o cartão. A Rita foi logo roubar o cartão para ver de quem era, mas a assinatura era admirador secreto. Não faço ideia nenhuma de quem se lembraria de me dar um cartão, só sei dizer que aquilo só podia ser um grande engano…eu nem era assim tão bonita como por exemplo a Diana.

No cartão pedia para eu me encontrar com ele no buffet da escola no primeiro intervalo da tarde. ok eu não quis ir lá…tipo como eu reagiria se fosse lá e conhecesse a pessoa do cartão? E se fosse alguém que eu nem sequer conhecia…ou pior fosse feio?

Diário, podes querer que por mim eu nunca tinha ido aquele encontro. Foi a Rita quem me puxou para ir, aliás eu quase fui de rasto…ela estava mais eufórica e ansiosa por conhecer o admirador secreto do que eu.

Chegou o tal intervalo e meu coração era um louco. Eu só gritava para a Rita que não queria ir, que não queria saber desse tal rapaz. O que eu queria era estar quieta, tinha medo de conhecer essa pessoa…

Mas ele foi esperto, porque no buffet tinha muita gente. Era intervalo logo havia muitos miúdos lá. A Rita ficou frustrada, mas não desistiu de encontrar o tal admirador comigo de rasto. Eu aos gritos a dizer para irmos embora, ela só se ria e me dizia que íamos encontrar o tal “zorro”.

Cheguei a um ponto em que me sentei num banco e não quis continuar á procura. A Rita foi sozinha tentar descobrir quem era o tal rapaz…eu não sei como ela iria descobrir tal coisa, mas ela lá foi.

Fiquei sozinha e me pus a olhar para as unhas até que fui abordada por uma voz masculina. Olhei para o dono da voz e os olhos do Ruben estavam postos em mim. Com aquele sorriso lindo que eu tanto gostava…sim diário o admirador secreto era o Ruben.





CONCLUSÃO


Fernando pessoa disse um dia,” O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.” É assim que o amor deve ser vivido, com intensidade, com prazer, com loucuras e se virem um adolescente apaixonado e a fazer ‘cenas tristes’ não se preocupem pois, “O amor é cego, por isso os namorados nunca vêem as tolices que praticam.”William Shakespear
Módulo Relacionamento Empático e Afectivo
Grupo 3 - Ana, Fernanda, Maria, Paula, Mónica