sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Novo Programa Nacional de Vacinação 2012


O novo Programa Nacional de Vacinação (PNV) entrou em vigor a 1 de janeiro de 2012 e veio substituir o PNV de 2006.


As principais alterações em relação ao PNV de 2006 são:

- o esquema vacinal da vacina conjugada contra a doença invasiva por Neisseria meningitidis do serogrupo C (MenC) é agora realizado com 1 única dose aos 12 meses de idade (substituindo as 3 doses anteriormente realizadas aos 3, aos 5 e aos 15 meses); e

- foi antecipada a primeira dose da vacina contra o sarampo, a parotidite epidémica e a rubéola (VASPR) para os 12 meses de idade (anteriormente, era feita aos 15 meses).

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

ADMINISTRAR MEDICAMENTOS EM MEIO ESCOLAR

Administrar Medicamentos às Crianças


A administração de medicamentos às crianças é um procedimento extremamente frequente, principalmente, nos primeiros anos de vida.



A prescrição de remédios, particularmente para crianças, é um acto de grande responsabilidade, devendo ser realizada apenas por médicos, pois implica conhecimento das indicações e contra-indicações para o uso de cada substância.

Quem deve administrar os medicamentos à criança?


Os riscos de erros na administração de remédios, aumentam com o número de pessoas envolvidas no processo.

Desta forma, sempre que possível, os próprios pais devem assumir este importante papel.

Antes de transferir a responsabilidade deste procedimento para outros cuidadores como escolas, avós, entre outros, cabe aos pais treinarem estas pessoas, assegurando-se uma correcta técnica.

O que fazer para evitar erros no tratamento? 


As falhas de tratamento podem ser evitadas com alguns cuidados bem simples: Erro no medicamento: separar dos demais os medicamentos que serão administrados, mantendo-os nas caixas originais e sempre conferindo os nomes. Erro na dose: deixar por escrito a dose a ser administrada, para ser conferida antes do procedimento. Erro no horário: reforçar a necessidade de seguir o horário prescrito rigorosamente, inclusive durante a noite. Erro na conservação: orientar protecção da luz solar e do calor, mantendo em refrigeração, quando necessário.

Erro na administração: analisar se a pessoa que ficará responsável pelo procedimento terá sucesso, pois algumas crianças podem resistir antes de aceitar o tratamento. Erro na via de administração: não esquecer de confirmar o local onde o medicamento deverá ser usado (nariz, boca, ouvido), preferencialmente demonstrando a forma certa de usar.


Em caso de dúvidas, nunca administrar a medicação. Ligar para o médico para os necessários esclarecimentos. Caso um erro ocorra, ele deve ser admitido imediatamente, pois pode ser necessário realizar algumas intervenções para neutralizar ou minimizar seus efeitos.

Qual a importância do horário na administração das medicações?


Para que o melhor resultado terapêutico seja atingido, as dosagens do medicamento deverão ser administradas em intervalos rigorosamente de acordo com a prescrição médica.

Factores inerentes ao próprio medicamento determinam o melhor intervalo para a sua administração, de modo que uma concentração sanguínea adequada seja mantida, garantindo o sucesso do tratamento.

Intervalos menores que os recomendados podem potencializar efeitos adversos, assim como os intervalos maiores podem responder pelo insucesso na resolução da doença.

Como saber se uma criança é alérgica a uma medicação? 


A reação alérgica é uma resposta imprevisível que pode ocorrer após a administração de um medicamento. A resposta alérgica poderá ser desencadeada pelo fármaco principal, seus conservantes, corantes ou outros agentes químicos usados na sua preparação

Não há como saber antecipadamente se o paciente será ou não alérgico à medicação. Alergia em familiares não é indicativo que vá se repetir em seus descendentes.

As reacções mais leves podem ser tratadas em casa, mas o médico deve ser contactado para orientar as necessárias providencias quanto ao tratamento da alergia e da doença para a qual o tratamento foi prescrito.

Existem várias formas de tomar medicamentos:

Comprimidos

Supositórios

Comprimidos sublinguais

Via transdérmica

Inaladores e sprays nasais

Colírios

Intravenosa (IV)

Intratecal

Intramuscular (IM)

Subcutânea (SC)



Comprimidos


A maioria dos medicamentos está disponível sob a forma de comprimidos. Esta é muitas vezes a maneira mais fácil de administrar um medicamento. Esta formulação resulta bem para medicamentos acídicos (uma vez que o estômago é acídico), ou medicamentos lipossolúveis (que são absorvidos rapidamente pelas células).

Medicamentos de origem proteica, como a insulina ou os interferões beta, são destruídos no estômago da mesma forma que são destruídas as proteínas da comida, significando isto que a administração oral não é eficaz.

Supositórios


Cada medicamento é desenhado para uma doença específica e para uma via de administração específica.

Os supositórios, podem ser desagradáveis mas são úteis sempre que se deseja um efeito local - por outras palavras, sempre que se pretende que o medicamento seja utilizado para tratar alguma alteração a nível do recto.

Os supositórios também são úteis quando uma pessoa se sente nauseada ou com vómitos, ou não pode tomar medicamentos pela boca.

Comprimidos sublinguais


Os medicamentos administrados por baixo da língua (i.e. sublinguais) são úteis quando é necessária ao mesmo tempo uma resposta rápida e uma auto-administração.

O medicamento entra rapidamente na circulação sanguínea através das células delicadas que delineiam a boca, evitando portanto o efeito de primeira-passagem dos comprimidos que são engolidos.

Um exemplo é a nitroglicerina, que é administrada por via sublingual para a angina e peito.

Via Transdérmica


A medicação administrada por via transdérmica entra no organismo através da pele. Pode ser administrada sob a forma de cremes ou pomadas ou como sistemas terapêuticos transdérmicos. Os cremes são muito utilizados quando se pretende um efeito local a nível da pele (ex. picada de um insecto ou alergia cutânea).

Os sistemas terapêuticos transdérmicos contêm um reservatório do medicamento, que é libertado lentamente durante um certo período de tempo. O medicamento passa através da pele e para a corrente sanguínea de forma a ser transportado através do corpo até ao órgão/tecido alvo.

Inaladores e Sprays nasais


A via inalatória é utilizada para anestésicos voláteis e gasosos, e medicamentos que afectam os pulmões (ex. para a asma).

Os medicamentos inalados passam rapidamente para a corrente sanguínea, evitando o efeito de primeira-passagem.

Os pulmões contêm uma vasta rede de pequenos sacos de ar (alvéolos) que proporcionam uma grande área superficial através da qual os medicamentos podem passar do ar inalado para a corrente sanguínea.

Para além dos descongestionantes nasais, os sprays nasais são utilizados por vezes para medicamentos de origem proteica mas muito pequenos (chamados péptidos) para evitar a necessidade de injecções frequentes.


Como exemplos temos a hormona anti-diurética (HAD - para promover a retenção de água). Possivelmente conhece a HAD pelo nome de desmopressina, que pode ajudar a prevenir a micção durante a noite.

Os anti-histamínicos são por vezes administrados sob a forma de sprays nasais para tratar as constipações, uma vez que o medicamento pode ser entregue directamente à fonte da congestão.
 
Colírios


Os colírios são quase exclusivamente utilizados para levar um medicamento directamente ao olho (ex. para tratar o glaucoma ou uma infecção nos olhos).

No entanto, para serem eficazes, os medicamentos nos colírios têm de ser lipossolúveis.

Ocorre também alguma absorção para a corrente sanguínea.

Injectáveis: intravenosa (IV)


A administração intravenosa consiste em injectar um líquido que contém o medicamento directamente nas veias.

É a forma mais rápida e mais directa de administrar um medicamento, e evita o efeito de primeira-passagem.

O medicamento vai assim primeiro ao coração e depois para a circulação geral. Alguns medicamentos são administrados de uma só vez; outros são administrados durante um certo período de tempo (uma perfusão). Possivelmente já fez injecções intravenosas de esteróides tais como a metilprednisolona (corticóide).

Injectáveis: intratecal


A administração intratecal consiste em injectar a preparação medicamentosa no canal raquideano.

O emprego desta via deve-se à difícil passagem dos medicamentos do sangue para o tecido nervoso especialmente para a região do encéfalo.

Injectáveis: intramuscular (IM)


Alguns medicamentos são injectados directamente na massa muscular.

Uma vez que o músculo apresenta uma elevada irrigação sanguínea, proporciona uma via mais rápida para o resto do organismo do que a administração oral.

Massajar o músculo após a injecção pode aumentar ainda mais a irrigação sanguínea e consequentemente a distribuição para o resto do corpo.

As injecções IM podem ser bastante dolorosas ou desconfortáveis porque penetram profundamente nas camadas musculares, que são bastante inervadas por fibras sensitivas.


Por outro lado, a injecção IM está associada a um maior risco de lesão em nervos e vasos sanguíneos se um vaso sanguíneo for perfurado durante uma injecção (hematoma).

Os medicamentos administrados por via IM não precisam de ser administrados tão frequentemente como as injecções IV ou subcutâneas, mas devem ser administradas por um profissional de saúde ou sob a sua supervisão, uma vez que é necessário evitar que estas injecções atinjam o osso ou os nervos.

Injectáveis: subcutânea (SC)


As injecções subcutâneas permitem que o medicamento seja administrado no tecido sub-cutâneo que fica por baixo da pele.

Não são muito dolorosas porque existem poucos vasos sanguíneos e nervos nesta área.

O medicamento é geralmente absorvido de maneira mais lenta (e portanto a um ritmo constante) do que se administrado por via intramuscular. Existe um limite para a quantidade de medicamento que pode ser administrado por via SC (não é possível efectuá-lo para volumes grandes). Massajar o músculo após a injecção ajuda a absorção, tal como com as injecções IM. É importante alternar (rodar) os locais de injecção, para evitar as reacções no local da injecção.

Apesar de ser necessária uma formação inicial por um profissional de saúde, as pessoas que necessitam de se injectar por via subcutânea podem aprender a executar as injecções a si próprias, permitindo a independência e flexibilidade.


Existem muitas pessoas a auto-administrarem medicamentos por via subcutânea.

ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇAS À PRAIA

Viagem




Transporte colectivo de crianças.



Existência de uma lei específica que regulamenta o transporte colectivo de crianças(13/2006 de 17 de Abril).



Aplicabilidade da lei



Aplica-se a todos os casos de transporte colectivo de crianças.

Estabelecimentos de educação e ensino, creches, Jardins-de-Infância e outras instalações que realizem actividades educativas em que seja necessário o transporte de crianças para determinados locais.



 As idas à praia e as visitas de estudo ou passeios devem respeitar esta lei quanto ao transporte.

 A lei aplica-se mesmo quando é transportada apenas uma criança;



Vigilante



Nas idas à praia ou a visitas de estudos/passeios, o professor/educador/animador/técnico de acção educativa, pode ocupar a função de vigilante.



Quem é o vigilante?



É o adulto que viaja no transporte colectivo de crianças (para além do motorista), a quem compete zelar pela segurança das crianças nos percursos e durante o atravessamento da via.



N.º de vigilantes por veículo



 1, se o veículo transportar menos de 30 crianças;

 2, se o veículo transportar 30 ou mais crianças;

 2, se o veículo tiver dois pisos;



Funções do vigilante



 Utilizar colete retro reflector e raquete de sinalização vermelha em ambas as faces para acompanhar as crianças no atravessamento da via;

 Garantir o cumprimento dos seguintes aspectos: lotação do veículo e utilização dos sistemas de retenção para crianças/cintos de segurança.



O cinto de segurança mantém a criança presa ao banco e é melhor forma de protecção num acidente.



 Manter-se sempre atento durante a viagem, poderão haver crianças que podem conseguir tirar o cinto e levantarem-se;

 Fazer uma paragem após uma hora de viagem se esta demorar 2 horas ou mais. (lanchar, ir à casa-de-banho…);

 Animar as crianças com canções/músicas…



Medidas de segurança



 A entrada e saída do autocarro deve ser sempre feita do lado do passeio;

 Confirmar com o condutor se não existe o perigo de uma criança abrir alguma porta em movimento;

 Não levar crianças ao colo;

 Confirmar com a empresa de transporte o credenciamento do motorista;

 Não juntar várias crianças com o mesmo cinto;



Chegada à praia



 Manter as crianças sempre juntas.

 Certificar-se onde se situam a farmácia, posto de socorro, mercearia…;

 Escolher um local limpo na areia para estender as mantas;

 Colocar os chapéus de sol e montar tendas;

 Colocar as mochilas das crianças à sombra;

 Renovar a aplicação do protector solar nas crianças;

 Certificar-se que todas as crianças têm boné;

 Explicar-lhes novamente o comportamento que estas devem ter na praia (regras estabelecidas pelo educador/animador/professor/técnico de acção educativa);

 Se possível, combinem um lugar de fácil acesso, caso uma criança se perca, saber deslocar-se a esse local;



Incidência solar



Horário de exposição solar

 Horas mais seguras: Início da manhã, até às 11h e final da tarde depois das 17h00. A sombra é maior que os objectos;

 Horas arriscadas: Entre as 11h00 e as 12h00 e entre as 16h00 e as 17h00. A sombra é igual aos objectos;

 Horas mais perigosas: Entre as 12h00 e as 16h00. A sombra é menor que os objectos.



Protector Solar



 Aplicar protector solar nas crianças antes de sair do A.T.L;

A eficácia inicia-se 30 minutos após a aplicação.

 Informar os pais sobre a importância do protector adequado ao tipo de pele da criança (30 +);

 Não esquecer orelhas, pés, canelas e lábios;

 Colocar protector de 2 em 2 horas;

 Reaplicar após o banho;



Vestuário



 Evitar tecidos porosos (quanto mais transparente menos protege);

 Deve ser confortável;

 Deve ser de algodão e fino;

 Os fatos de banho devem ser logo retirados após a ida à água.

A roupa molhada em contacto com a pele favorece o surgimento de micoses;



ATENÇÃO!!! As crianças devem ter sempre uma t-shirt vestida… nunca a devem tirar!



 As crianças devem ter sempre uma muda de roupa a mais;

 As crianças devem usar sempre chapéu;

 Certificar-se que protege as orelhas, o nariz e os lábios;

 Se possível, usar óculos de sol (os raios ultravioletas também prejudicam a visão);



ATENÇÃO!!! Nunca deixar uma criança sem roupa na praia.



Refeição



 As crianças podem comer na praia (dentro das tendas, em cima das mantas) ou podem deslocar-se a um parque que esteja próximo;

 A alimentação e o seu transporte fica a cargo da instituição;

 A alimentação deve ser transportada em lancheiras térmicas;
 Para evitar as intoxicações alimentares e a desidratação com diarreias e vómitos não deixar as crianças comer fritos ou sandes com molhos.

 Levar frutas, água, sumo de frutas, iogurtes…;



As crianças devem beber muita água!!!!

(levar garrafões de água e ir enchendo as garrafas das crianças conforme a necessidade - pedir aos pais garrafas de água com pipeta)



Idas à água



 Antes de se deslocarem à praia, explicar às crianças o significado da cor das bandeiras;

 ATENÇÃO: Algumas crianças ficam muito entusiasmadas com a ideia de irem tomar banho… manter-se atento para evitar fugas de crianças para a água.

 Cada adulto pode levar duas crianças à água, segurando-as pelas mãos e mantendo-as sempre à borda da água. Se possível, colocar colete salva-vidas nas crianças.



Idas à casa-de-banho



 5 crianças para cada adulto;

 Manter as crianças em fila, duas a duas;



Algumas medidas de segurança



 Se possível, levar uma mala de 1.ºs socorros (termómetro, ben-u-ron, betadine, pensos…);

 Quando chegarem à praia fazer um perímetro de segurança (delimitar uma área com uma fita que indica que as crianças não podem sair daquele espaço sozinhas);

 Identificar as crianças com crachás ou pulseiras (nome da criança, nome do estabelecimento de ensino, e dois n.ºs de telemóveis de adultos);

 O vestuário pode ter uma característica de diferenciação (cor, letras, números…) serve para a criança poder identificar o seu grupo;

 Deve-se tentar manter sempre as crianças na sombra, principalmente nas horas em que o sol é mais forte.



O que as crianças levam na mochila?



 1 toalha;

 Protector solar;

 Uma muda de roupa;



Actividades a realizar…



 Actividades orientadas: Actividades planificadas pelo educador/animador/professor/ técnico de acção educativa, ou seja, o adulto tem uma participação directa no desenrolar da actividade (estabelecer regras, explicar funcionamento… ex: apanhada, jogo do lenço…);

 Actividades livres: Actividades realizadas pelas crianças de uma forma espontânea e livre. (ex: brincar com brinquedos na areia…).



A praia deve ser um lugar de diversão e não “uma dor de cabeça!!”

VISITAS DE ESTUDO

Objectivos


 Tanto as visitas de estudo como os passeios devem ter subjacentes alguns objectivos.

 Geralmente, os objectivos das visitas de estudo revelam a aprendizagem de algo ou o enriquecimento do conhecimento da criança.

 Os objectivos dos passeios revelam o sentido lúdico da aprendizagem. O principal objectivo dos passeios é a diversão, o prazer, o lazer… não se centra na aprendizagem de algo.


Questões de segurança



 Organização das crianças (estratégias)

- Agrupar as crianças duas a duas, em fila (uma criança mais velha com uma criança mais nova).

Sentido de responsabilidade

- A educadora/animador/professor no início da fila e o técnico de acção educativa no fim da fila ou vice-versa.



 Conversar com as crianças sobre algumas regras de segurança que devem ter em conta:

- Não se afastar do grupo;

- Não largar a mão do colega;

- Não falar nem aceitar nada de estranhos;

- Pedir ao adulto quando quer ir à casa-de-banho;

- Não correr… não saltar…

- Pedir a colaboração dos pais (convidar os pais para irem à visita-de-estudo /passeio);
Quanto mais adultos estiverem presentes mais seguro será.



 Durante a visita:

- Caminhar sempre no passeio;

- Ir verificando/contando o grupo de crianças para certificar que estão todas;



 Viagem de regresso:

- Contar as crianças antes de entrar no autocarro;



 Identificar as crianças com crachás ou pulseiras (nome da criança, nome do estabelecimento de ensino, e dois n.ºs de telemóveis de adultos);

 Os adultos não devem ausentar-se todos ao mesmo tempo;



Vestuário



 Outono/Inverno

- Não esquecer um casaco que agasalhe bem e que seja confortável para a criança de modo a que esta se consiga movimentar bem;

- Se chover um casaco impermeável;

- Gorro (se estiver muito frio);

- Botas ou sapatilhas;

- Meias de algodão;



 Primavera/Verão

- T-shirt de algodão (de preferência de cor clara);

- Calções, bermudas, calças (no caso das meninas não convém levar saia ou vestido);

- Sapatilhas ou sandálias que não exponham demasiado o pé da criança (nunca levar chinelos);

- Meias de algodão;

- Levar sempre boné ou chapéu;



Refeição



 A alimentação e o seu transporte fica a cargo da instituição;

 A alimentação deve ser transportada em lancheiras térmicas;

 As crianças devem levar na mochila o lanche da manhã e da tarde (sandes, bolicao, sumo, água, fruta). Se as crianças levarem iogurtes devem comê-los no lanche da manhã.

 Procurar um parque onde as crianças possam lanchar e almoçar confortavelmente e de preferência à sombra;

ESTUDAR COM QUALIDADE


Organizar um horário de estudo

É necessário ajudar a criança a programar o ano lectivo e tudo o que lhe diz respeito. Antes de mais, é importante incentivar a criança a fazer um horário de estudo. O horário vai permitir que organize eficazmente o tempo. Deve ser feito semanalmente, tendo em conta os seguintes princípios:
• Começar pelo horário de dormir, incluir as actividades fixas (refeições, aulas, actividades de tempos livres, etc
• Distribuir o tempo de estudo em função da dificuldade da tarefa.
• Fazer períodos de estudo de cerca de 30/40 minutos e fazer pausas de 10 minutos. Durante as pausas, aproveitar para relaxar.
• Colocar os períodos de estudo o mais próximo possível das disciplinas a que dizem respeito.
• Começar a fazer as tarefas escolares antes do programa favorito de

televisão ou de outra actividade de lazer.

Ensinar como estudar
Ninguém nasce a saber como se deve estudar. Para se estudar de forma adequada e eficaz é necessário seguir determinados passos. Os educadores podem ajudar a criança a aprender a estudar eficazmente.
Passos a seguir para estudar eficazmente:
1 Fazer uma leitura geral.
2 Fazer uma segunda leitura mais cuidadosa, sublinhando os aspectos principais.
3 Se não perceber alguma coisa ir ao dicionário ou a livros e cadernos onde tenha essa palavra escrita (é importante que se habitue a consultar o dicionário e outros livros).
4 Fazer apontamentos ou um resumo que organize as ideias principais da matéria (aquelas que foram sublinhadas).

5 Ler muitas vezes os apontamentos ou resumos.

6 Fazer perguntas a ela própria sobre a matéria estudada.


As condições de estudo


Não se estuda de qualquer maneira e em qualquer lugar. Para que o estudo seja rentável é essencial garantir determinadas condições. É importante que os pais estejam conscientes dessas condições e que as ensinem às crianças.

• O local onde a criança estuda deve ser confortável, bem iluminado e protegido de ruídos (a criança necessita de concentração para estudar).

• Deve-se evitar estudar deitado, com o rádio, televisão ou aparelho de música ligados.

• O mobiliário deve ser constituído por uma mesa ou secretária utilizada, se possível, apenas para o estudo.

• A criança deve ter todo o material necessário no local de estudo e à mão (caderno diário, livros, canetas, lápis, borracha, afia, dicionário, etc.), para evitar estar sempre a levantar-se e a interromper o estudo. Quando não for possível dispor de uma mesa grande, deve-se preparar todo o material que é importante e pô-lo ao alcance da mão (sobre uma cadeira, caixa, etc.).

• A criança deve habituar-se a ter sempre o material escolar organizado (é fundamental para o estudo).

• Deve utilizar folhas soltas para cada disciplina e um dossier de argolas, com separadores para cada disciplina.

• Utilizar canetas de 2 ou 3 cores diferentes.

• Habituar-se a ter uma agenda no final do caderno onde possa marcar as datas dos testes, os trabalhos a entregar, etc. (em casa, para além do horário na parede, é bom que tenha também um calendário com as datas dos teste e dos trabalhos a entregar).

• Habituar a criança a tirar os apontamentos da aula e a verificar em casa qual a página correspondente do livro.



NA HORA DAS REFEIÇÕES

“O respeito pelo horário das refeições, pela introdução de novos alimentos, pelo ritmo individual de cada criança e, ainda, por uma alimentação adequada e rica são elementos a não esquecer.


Estes momentos podem constituir, também, uma excelente oportunidade para o desenvolvimento da autonomia da criança, para a ocorrência de experiências sensoriais e, ainda, para a aprendizagem de competências sociais. É importante dar oportunidade à criança de poder “mexer”, levar à boca e cheirar os alimentos e que tenha uma colher para que se familiarize com este objecto e tente comer sem ajuda.”



NORMAS GERAIS:



 O Serviço de alimentação contempla as seguintes refeições diárias:

- Merenda/ lanche da manhã

- Almoço

- Lanche

- Suplemento da tarde (crianças que permaneçam até mais tarde – 18h ou 19h)



 Ementas elaboradas por pessoas especializadas (nutricionista)

 As ementas devem estar afixadas, em local visível

 A alimentação deverá ser ajustada a alergias, a intolerâncias alimentares e/ ou à necessidade de dieta, desde que:

- estas situações sejam prescritas por médico ou nutricionista

- os recursos disponíveis permitam a preparação e confecção dessas refeições



PREPARAÇÃO PARA AS REFEIÇÕES:



• Pessoa responsável por recolher informação sobre o número de refeições (presenças).

• As actividades de apoio na alimentação são aproveitadas como ocasião para estabelecer uma relação individualizada com a criança.



Promover a aquisição de competências:



- Realização de pequenas tarefas de preparação do espaço da refeição (ajudar a colocar os pratos, guardanapos e talheres na mesa);

- No período de refeições (usar a colher sozinha para comer, segurar o copo para beber);

- Normas de higiene (antes e depois das refeições).



REGRAS ANTES DAS REFEIÇÕES:



- Lavar as mãos;

- Entrar ordeiramente no refeitório;

- Bonés fora da cabeça;

- Sentar de forma organizada;



PERÍODO DAS REFEIÇÕES:



• Os períodos das refeições devem ser ocasiões agradáveis para todos os envolvidos.

• A distribuição das refeições têm em conta o apoio e promoção da autonomia das crianças na alimentação.

• Sempre que necessário, auxiliar as crianças que apresentam maiores dificuldades respeitando os ritmos de cada uma.



As crianças autónomas:

- Possuem lugar sentado à mesa, procurando-se que a sua distribuição se faça de acordo com os seus grupos naturais de actividades.

- Tomam as refeições em grupo ou individualmente, quando necessário.

- Deve-se servir primeiro a sopa a todas as crianças e só depois de terem comido a sopa, servir o segundo prato e depois a fruta. ( muitas crianças depois de verem o segundo prato já não querem comer a sopa).



TAREFAS NO PERÍODO DA ALIMENTAÇÃO



 Ajudar as crianças a lavarem as mãos e colocarem os babetes.

 Colocar as mesas e incentivar as crianças a fazê-lo.

 Ajudar a sentarem-se.

 Servir as crianças - Preparar a comida de modo a que as crianças

possam comer em segurança (espinhas, temperatura dos alimentos, ….).

 Ter em atenção as crianças que necessitam de uma dieta alimentar ou cuidados especiais.

 Auxiliá-las sempre e transmitir regras de higiene e comportamento à mesa sempre que necessário.

 Durante as refeições sentar-se à mesa com as crianças e usar esse tempo para:

- Desenvolver competências e autonomias;

- Encorajá-las a apreciar diferentes tipos de comidas e a utilizar os diferentes utensílios;

- Alertar a criança para não comer alimentos ou usar utensílios que tenham caído no chão.

 Manter as mesas limpas.

 Retirar os pratos sujos.

 Preparar a fruta.

 Gerir os conflitos.

 Tomar atenção à refeição e posteriormente comunicar aos familiares a falta de apetite da criança ou outras situações.



REGRAS NO PERÍODO DAS REFEIÇÕES:



 Sempre que possível ajudar a servir os companheiros (crianças mais velhas)

 Comer sempre a sopa (ponto de honra)

 Comer de boca fechada

 Não gesticular com os talheres na mão

 Usar adequadamente os talheres

 Limpar a boca antes de beber pelo copo

 Enxugar a boca após beber qualquer liquido

 Falar baixo e um de cada vez

 Não falar com alimentos na boca

 Mastigar os alimentos

 Não comer nem muito depressa nem muito devagar

 Não apoiar os cotovelos na mesa

 Levantar o dedo sempre que necessite de algo

 Arrumar e limpar adequadamente o seu lugar

 Não deitar papéis ou água para o chão

 Ajudar a pôr correctamente a mesa





À mesa


A mãe, se me vê


comer com a mão,


prega-me logo


uma lição.






Então tentei


comer com o pé:


Tirei sapato,


tirei a meia…


Ia levando uma tareia.






Mas amanhã


não ralham comigo


pois vou comer


pelo umbigo.


Luísa Ducla Soares, Poemas da Mentira e da Verdade

DESENVOLVIMENTO LINGUAGEM NA CRIANÇA

A linguagem é importante para todas as aprendizagens. É através da linguagem que se vai construindo o pensamento e a capacidade de aprender. A forma como os pais e outros adultos comunicam e se relacionam com a criança influencia o desenvolvimento da linguagem e do raciocínio. Há muitas coisas que os pais e educadores podem fazer para encorajar o desenvolvimento da linguagem:

• Dar à criança muitos materiais (ex.: livros, lotos de figuras e outros jogos de cartas com figuras);
• Ler livros infantis e poemas à criança;
• Contar histórias à criança;
• Chamar a atenção da criança para objectos e acontecimentos que sejam interessantes;
• Falar sobre o que estão a fazer. Descrever o que vêem, sentem, ouvem, cheiram e saboreiam;
• Falar com a criança durante as refeições e outras rotinas diárias, brincadeiras, actividades, passeios;
• Encorajar a criança a cantar, responder a perguntas, falar sobre as suas experiências, contar histórias, falar durante as brincadeiras e refeições, descrever coisas, responder às próprias perguntas, etc.;
• Reconhecer e respeitar o papel da criança nas conversas dos adultos (evitar a tendência para o didactismo ou para dominar a conversa);
• Colocar questões abertas do tipo: “porquê”, “como”, “e se” (para encorajar as crianças a dar respostas mais longas e complexas);
• Estar disponível para conversar e escutar atentamente e mostrar interesse e entusiasmo;
• Colocar-se ao nível da criança para permitir o contacto ocular, assumir uma posição confortável e uma linguagem corporal relaxada;
• Utilizar o contacto corporal como segurar a mão e rodear a criança com o braço (desde que a criança deseje ser tocada), para que a criança sinta que o que ela está a dizer e fazer é importante;
• Aprender e recordar os interesses específicos da criança;
• Ser paciente e não interromper nem terminar as frases da criança;
• Dizer as palavras e frases correctamente quando a criança "se engana";
• Falar, falar, falar! A criança está a aprender linguagem mesmo quando não está a falar.