quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Influências dos grupos pares



Um grupo de pares define-se como uma unidade social constituída por pessoas com papéis interdependentes orientadas para objectivos comuns e que regulam o seu comportamento por um conjunto de normas estabelecidas pelos próprios elementos do grupo.
No período da adolescência os amigos assumem um papel fundamental. São os amigos da mesma idade e com as mesmas características que possibilitam ao jovem enfrentar as modificações que vão acontecendo no corpo e no seu modo particular de ver e sentir a realidade. São os jovens que integram o grupo de pares que entendem melhor as suas ideias, pois partilham dos mesmos interesses, das mesmas aspirações e estão dispostos a enfrentar os mesmos desafios.
Os modelos de identificação deixam de ser os pais e passam a ser o grupo de pares.
Embora seja natural a preocupação dos pais com a intensa vinculação dos filhos aos amigos, isto não significa necessariamente que possam surgir situações de risco ou comportamentos agressivos e anti-sociais.
É certo que as actividades em grupo podem ser mais liberais e ousadas, mas dependerá sempre do indivíduo que nelas participa saber até onde dever poder ir.
Os adolescentes precisam dessa convivência para desenvolver habilidades sociais que começou a adquirir com a família.
Papéis sociais importantes como liderança, sentimentos, amizades permanentes, só são aprendidos na convivência com o grupo de pares.
A amizade assume aqui uma grande importância, desta forma impõe-se a reciprocidade, para se ser amigo de alguém o outro tem de nos reconhecer da mesma forma.
Os adolescentes têm tendência a uniformizarem-se com o grupo, de forma a fazerem verdadeiramente parte dele.
O desejo de ser aceite pelos outros, o que se nota pela importância que o adolescente passa a dar ao seu aspecto exterior, nomeadamente no cabelo, no vestuário, na beleza e na força.
Como por exemplo: as roupas de marca, os telemóveis, computadores, etc.
Nesta altura, experimentam o álcool, o tabaco e por vezes a droga.
É nesta altura que se criam as grandes amizades e que nasce o gosto pelas conversas entre amigos, passa a existir menos convivência com os pais, têm uma maior dificuldade em contar coisas da sua vida aos pais e apoiam – se mais aos amigos.
Há uma maior tendência para pôr em causa e questionar as ideias e posições dos pais ou mesmo desejo de ser diferente.
Só eles é que sabem e têm razão existindo uma aparente indiferença e hostilidade em relação aos pais.
Dentro do grupo composto por rapazes e raparigas, surgem as grandes paixões e namoros, por vezes senão resultar com um(a) namoram com outro(a) e aí também as grandes desilusões, e parece que o mundo vai desabar, choram, entram em depressão e daí uma baixa auto-estima.
Também em relação aos namoros se não houver informação pode haver uma gravidez indesejada ou até mesmo doenças sexualmente transsiveis.
Em conclusão,os grupos têm tendência a serem homogéneos, ou seja, todos os seus elementos partilham aspectos comuns.
O grupo de pares revela-se, portanto, uma base essencial de aprendizagem, crescimento, desenvolvimento e formação do adolescente para que se torne num membro do próprio sistema social.
Aqueles que não partilham as mesmas ideias são crianças/adolescentes rejeitados, desprezados e gozados pelo grupo, isto, provoca uma baixa auto-estima, falta/excesso de apetite e desleixo nos estudos.

Módulo Relacionamento Empático e Afectivo
Grupo II – Carla, Filomena, Sandra, Manuela

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