Introdução
As perturbações alimentares da primeira infância vão desde oscilações do apetite, relacionadas com alterações do quotidiano como a entrada na creche, nascimento de irmão, entre outros, levando por vezes à recusa total da ingestão de alimentos.
Na comunicação social, o que mais se vê são corpos “magrérrimos”, vendendo a imagem de beleza e felicidade, diante disto, muitos adolescentes querem ser iguais. Mas há um perigo por trás da indústria da magreza: ela pode desencadear certos distúrbios alimentares levando a alterações na maneira como se alimentam por estarem o tempo todo preocupados com a sua forma corporal e com o seu peso. E as privações alimentares, durante muito tempo, podem desencadear consequências graves e permanentes para o organismo, como diabetes, problemas circulatórios, cardíacos e ósseos. Dos distúrbios alimentares mais conhecidos destacamos alguns.
Na infância, a recusa do peito ou do biberão, a dificuldade em aceitar novos alimentos e o desinteresse pela comida, são alguns exemplos destes problemas que frequentemente preocupam os pais mas são geralmente transitórios e não têm consequências graves.
Na adolescência, a anorexia nervosa inicia-se com a redução da quantidade de alimentos até à sua recusa total com receio de engordar, perdendo por vezes muito peso e, apesar de já estar muito magro, o adolescente continua a sentir-se gordo. Na sua maioria são perfeccionistas, excelentes alunos e praticam muito exercício físico. Se a família não intervir a tempo, o anoréxico pode colocar em risco a sua própria vida, seja pela debilidade provocada ao organismo, seja por meio do suicídio. Na bulimia nervosa o adolescente tem momentos em que come grandes quantidades de alimentos descontroladamente, depois destas crises há geralmente comportamentos de compensação para evitar o aumento de peso, tais como: vómitos, uso de laxantes ou diuréticos e períodos de jejum, etc.
Como nos adultos, a obesidade infantil e juvenil é consequência de um desequilíbrio entre as calorias consumidas e as gastas. Este desequilíbrio deve-se a um conjunto de factores sociais que influenciam a forma como as crianças se alimentam, praticam exercício físico ou brincam.
Tal como em relação às doenças do comportamento alimentar, os novos ideais de beleza e a consequente pressão social que existe em torno do indivíduo obeso levam à criação de muitos preconceitos sobre esta realidade, particularmente sobre o que engorda e não engorda, tanto do ponto de vista da dieta (alimentos ingeridos pelo indivíduo) como de outros hábitos que fazem parte da rotina diária de cada um.
Conclusão
As preocupações com a comida, o peso e as formas corporais são muito frequentes, tornando-se por vezes obsessivas e totalmente irrealistas levando muitos às perturbações alimentares.
Na realidade, é necessário perceber qual o melhor comportamento a adoptar face a diferentes situações, visto que as doenças referidas anteriormente afectam gravemente a família e, de um modo geral, todos os que têm algum tipo de relacionamento pessoal ou profissional com as vítimas.
O tratamento dos transtornos alimentares e a obesidade tem como componentes comuns a psicoterapia e a reeducação alimentar, tendo sempre de estar ambas em cooperação.
Maior é a probabilidade de sucesso na resolução do caso e menores serão as sequelas deixadas pelo mesmo, quanto mais precoce for o início do acompanhamento.
Não feche os olhos a esta realidade!
Módulo Relacionamento Empático e Afectivo
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