terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A auto-estima na Criança


A auto-estima é algo que se vai formando desde pequenos. Não será errado dizer que a auto-estima começa a construir-se ainda durante a gestação. A felicidade com que a gravidez é vivida, será um passo importante para que o bebé se sinta amado e desejado pela mãe, logo a partir dos primeiros momentos de vida. Será isso que irá criar os alicerces daquilo que será o nosso auto conceito, ou seja, a opinião que temos acerca de nós próprios. Este julgamento, está depois associado à construção da auto-estima o que, no fundo não é mais do que gostarmos daquilo que somos ou, pelo contrário, estarmos completamente insatisfeitos. Auto-estima acaba por ser a nossa opinião e o sentimento que cada um tem por si mesmo. É ter consciência do seu valor pessoal, acreditar, respeitar, e confiar em si mesmo.


Os primeiros anos são decisivos para a formação da identidade e da auto-estima na criança. O carinho com que se apreciam as primeiras gracinhas, transmite uma apreciação positiva que o bebé vai reter. As pessoas importantes para o bebé, como o pai e a mãe, são as principais responsáveis pela construção da imagem que temos de nós próprios. As primeiras mensagens que recebemos quando crianças, são fundamentais para a construção da auto-estima. Uma identidade positiva será a matéria-prima com que enfrentarão os problemas da vida. Uma criança com uma boa imagem de si mesma, será activa, curiosa e capaz, porque estará preparada para vencer dificuldades e superar frustrações. Uma criança com boa auto-estima, não fica abalada com comentários negativos e, quando não sabe, pede ajuda. Uma criança com baixa auto-estima sente-se fragilizada e incapaz.



Steve Biddulph, um psicólogo americano, fala em sementes lançadas à mente. Na opinião dele, se crescermos a ouvir ideias negativas sobre nós mesmos, acabamos por ser programados por elas e assim caímos nas profecias auto-realizáveis, ideias que de tanto ouvirmos acabaram por se tornar verdadeiras. Todos nós já ouvimos alguém a dizer: "tu nunca serás ninguém na vida". Se para alguns esta ideia serve de impulso para tentarem vencer na vida vezes sem conta, para a grande maioria das pessoas o que acontece é que a auto-estima fica tão fragilizada que acabam por desistir e assim a profecia torna-se realidade.



Para evitar uma baixa auto-estima, a criança deve ser estimulada pelos pais a sentir-se bem consigo própria e a valorizar-se como pessoa. Ser encorajada a expressar o que gosta e o que não gosta.

Os pais devem ensinar a criança a respeitar as opiniões alheias e a fazer respeitar as opiniões dela mesma. Devem ensiná-la a dizer "não" a coisas e situações que forem contra os próprios valores e crenças.

É na família que se constrói toda a estrutura emocional. Cabe aos pais refrearem um pouco as expectativas e não esperar que os filhos sejam perfeitos em todas as áreas. Aceitar as falhas tanto a nível da escola como da vida familiar é meio caminho andado para criar boa auto-estima e ajudar a recuperar a confiança perdida. Muitos pais tem a mania de fazer comparações entre os filhos. Nada mais errado. As comparações, sobretudo quando se tratam de características como a beleza e capacidades cognitivas, apenas fragilizam e nada contribuem para um crescimento emocional equilibrado. A criança até pode ter pouca beleza, pode ter notas menos boas, mas haverá sempre algo a valorizar, alguma qualidade para realçar. Algumas pessoas têm queda para actividades físicas, outras para actividades intelectuais, e outros há que nas artes conseguem sobressair. O ideal é procurar e encontrar os focos em que cada criança pode ser bem sucedida e explorá-los por forma a fortalecer-lhe a auto-estima.




O momento em que entram para a escola constituí uma fase crítica para qualquer criança. Até então, a criança esteve a cargo dos avós que a mimaram, ou então andou na pré-primária, onde podia brincar todo o dia. De um momento para o outro, as coisas vão mudar. Na escola as coisas nem sempre são fáceis. Castigos, chamadas de atenção em público por parte dos professores, são atitudes muito comuns. Por outro lado, os colegas também não facilitam as coisas e as crianças com frequência são postas de lado por causa de serem tímidas ou mais desajeitadas nas tarefas. Este problema torna-se mais evidente quando existem trabalhos de grupo ou jogos de equipa. Existe sempre alguma criança que fica até ao fim sem ser escolhida, o que lhe causa muita tristeza. Ao longo da vida muitos "patinhos feios" tornam-se "cisnes", mas isto é uma excepção à regra.

No dia-a-dia as crianças assim como os adultos sentem stress, angústias, dúvidas, frustrações, alegrias e tristezas. Quando estão felizes expressam ou falam sobre os seus problemas com os pais ou adultos da sua confiança, pois sabem que serão escutadas sem haver reprovações e sem ignorarem os seus sentimentos.

É necessário que os pais ensinem as crianças a expressar o que sentem, através da identificação das suas emoções mas também aprendendo a conhecê-las.

Muitas vezes as crianças não sabem identificar as suas emoções, como por exemplo a tristeza, a frustração ou o desânimo. Essas emoções costumam misturar-se e torna-se difícil separá-las. Quando vemos uma criança calada, pensativa, triste, de mau-humor e pergunta-se a ela o que aconteceu, na maioria das vezes a resposta é "nada". É fundamental descortinar o que está por detrás daquele "nada". As crianças podem estar amedrontadas, com raiva, tristeza ou dor. Insistir nas perguntas não costuma dar resultado. Se no entanto nos mostrarmos receptivos, dando carinho e apoio, então aí as crianças terão oportunidade de exprimir o que sentem. É preciso escutar o que disserem, sem fazer juízos de valor, nem reprovações e não minimizar a importância dos problemas delas. Por vezes aquilo que para nós adultos pode ser algo fácil e de pouca importância, para as crianças pode ser algo que causa enorme preocupação.

Os pais que ensinem os seus filhos a expressarem-se com espontaneadade, fazem com que estes se tornem pessoas sensíveis, respeitosas, firmes nas suas crenças e capazes de tomar as suas próprias decisões.




Eis algumas formas de fortalecer a auto-estima das crianças (e dos graúdos também!):



* Aceitá-las como são: muitos pais tem a mania de comparar os seus filhos com os filhos dos amigos ou de outros familiares. Com isso a criança sente-se inferiorizada e desvalorizada. O ideal é valorizar os aspectos postivos. Ninguém é perfeito.



* Elogie: elogiar é excelente para o fortalecimento da auto-estima.Devemos celebrar os seus sucessos e conquistas e não criticar os seus comportamentos menos bons.



* Demonstrar os afectos: dar carinho ou um gesto de aprovação fazem milagres. As crianças necessitam destes bocadinhos de ternura, por isso é muito importante que os manifeste.



* Ensine-os a aceitar os fracassos: o insucesso faz parte da vida e deve ser encarado como algo natural. Aceitar as falhas demonstra capacidade de pensar sobre elas e procurar fazer mais e melhor.



* Compartilhar momentos de prazer: é muito importante que pais e filhos passem juntos momentos de agradável lazer e convívio. Se a relação entre pais e filhos se basear em ordens, regras e obrigações, as coisas vão correr bastante mal e as crianças serão bastante oprimidas. Pelo contrário, passear num parque, praticar desporto, preparar um bolo juntos, são tudo actividades que permitem interação e diálogo entre pais e filhos.


Modulo Relacionamento empatico e afectivo



Grupo 4 - Emilia, Lina, Sandra, Helena, Joao, Andreia

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